1.10.05

ANSIEDADE E ESTRESSE (Parte 1)

Amigos, não sei até que ponto poderia ser útil aos visitantes deste Blog, mas me ocorreu a idéia de trazer aqui alguns conceitos, informações e explicações sobre os mecanismos da ansiedade e do estresse.

Pode não resolver o problema de quem sofre com isso, mas talvez ajude-os a compreender e lidar melhor com a questão. O que segue, abaixo (e também o que publicarei nessa mesma linha, em posts futuros), é parte de uma pesquisa que fiz recentemente, sem maiores compromissos com o rigor da metodologia de pesquisa científica, mas apenas com o objetivo de atualizar minha "estante" de psicologia.

Há autores que definem a era moderna como a Idade da Ansiedade, associando a esse fato a agitada dinâmica existencial da modernidade; sociedade industrial, competitividade, consumismo desenfreado e assim por diante.


Diz-se que a simples participação do indivíduo na sociedade contemporânea já preenche, por si só, um requisito suficiente para o surgimento da Ansiedade. Portanto, viver ansiosamente passou a ser considerado uma condição do homem moderno ou um destino comum ao qual estamos, de alguma maneira, atrelados.


Nas últimas décadas, a expressiva mudança em todos os níveis da sociedade passou a exigir do ser humano uma grande capacidade de adaptação física, mental e social. Muitas vezes, a grande exigência imposta às pessoas pelas mudanças da vida moderna e, conseqüentemente, a necessidade imperiosa de ajustar-se à tais mudanças, acabaram por expor as pessoas à uma freqüente situação de conflito, ansiedade, angústia e desestabilização emocional.


O endocrinologista canadense Hans Selye (1907-1982) foi o primeiro a pesquisar seriamente o estresse na década de 1930. Ele observou que organismos diferentes apresentam um mesmo padrão de resposta fisiológica para estímulos sensoriais ou psicológicos. E isso teria efeitos nocivos em quase todos os órgãos, tecidos ou processos metabólicos.

O estresse patológico surge como uma conseqüência direta dos persistentes esforços adaptativos da pessoa à sua situação existencial.


Seria impossível e, ao mesmo tempo, extremamente indesejável eliminar completamente todos os tipos de Estresse. Fisiologicamente, a ausência total de Estresse equivale à morte. O que devemos tentar fazer é reduzir, nas pessoas, os efeitos danosos do Estresse que a sociedade proporciona e sensibilizá-las para os meios capazes ajudar a administrar melhor os estressores do cotidiano.

Aproximadamente 50 a 75% de todas as consultas médicas estão direta ou indiretamente relacionadas ao Estresse. A medicina não deve ter apenas um papel importante no tratamento das doenças ligadas ao Estresse mas, também e principalmente, deve dar ao assunto uma conotação preventiva e educacional.

Conhecer o Estresse, suas causas, sinais e sintomas, é de fundamental importância para aprendermos a lidar com ele.Procurando significados para a palavra Estresse (stress, em inglês), vamos entender que estar estressado significa "estar sob pressão" ou "estar sob a ação de estímulo persistente". Na realidade, estar estressado não significa apenas estar em contacto com algum estímulo mas, sobretudo, significa um conjunto de alterações acontecidas num organismo em respostas à um determinado estímulo capaz de colocá-lo sob tensão. Sem esse tal "conjunto de alterações" não se pode falar em Estresse.


Mas essa reação do organismo aos agentes estressores tem um propósito evolutivo. É uma resposta que a natureza dotou os animais superiores ao perigo.

Hans Selye dividiu toda reação de Estresse em três estágios. O primeiro estágio é a chamada Reação de Alarme, durante a qual o organismo reconhece o estressor e começa ativando o sistema neuroendócrino. As fases seguintes são a de Adaptação e de Esgotamento (continua em posts futuros).

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