7.9.10

A FÁBULA DA BORBOLETA


“Certo dia, um homem estava no quintal de sua casa e observou um casulo pendurado em uma árvore. Curioso, ficou admirando aquele casulo durante um longo tempo.
Ele via que a borboleta fazia um esforço enorme para tentar sair através de um pequeno buraco, sem sucesso. Depois de algum tempo, parecia que a borboleta tinha desistido de sair do casulo, as suas forças haviam se esgotado.
Vendo aquela aflição, ele resolveu ajudá-la: pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo para libertar a borboleta. Ela saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho e as suas asas amassadas.
O homem, feliz por ajudá-la a sair, ficou esperando o momento  em que ela fosse abrir as asas e sair voando, mas nada aconteceu.  A borboleta passou o resto da sua vida com as asas encolhidas e rastejando o seu corpo murcho. Nunca foi capaz de voar…
O homem então compreendeu que o casulo apertado e o esforço da borboleta para sair de lá eram necessários para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas para fortalecê-las. Só assim ela poderia se libertar do casulo e voar.”
A fábula ensina que, muitas vezes, o esforço é necessário para o nosso crescimento e fortalecimento.
Se vivêssemos a nossa vida sem passar por obstáculos, talvez não conseguíssemos ser tão fortes quanto podemos ser.
  • Pedi Força… e Deus me deu dificuldades para eu ficar forte.
  • Pedi Sabedoria… e Deus me deu problemas para resolver.
  • Pedi Prosperidade… e Deus me deu cérebro e músculos fortes para trabalhar.
  • Pedi Coragem… e Deus me ofereceu perigo para eu superar.
  • Pedi Amor… e Deus colocou em minha vida pessoas com problemas para eu ajudar.
Enfim, não recebi nada do que pedi. Mas recebi tudo de que eu precisava…
(autor desconhecido)

23.8.10

COM A MENTE AFLITA, O CORPO GRITA

O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração enfarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna"  tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!
O plantio é livre; a colheita, obrigatória ...
Preste atenção no que você está plantando, pois será a mesma coisa que irá colher!
Alerta colocado na porta de um espaço terapêutico.
(Enviado por Wilson Passarelli)

15.7.10

EU APRENDI


Eu aprendi
que a melhor sala de aula do mundo está aos pés
de uma pessoa mais velha.

Eu aprendi
que ter uma criança adormecida nos braços
é um dos momentos mais pacíficos do mundo.

Eu aprendi
que ser gentil é mais importante do que estar certo.

Eu aprendi
que nunca se deve dizer não ao presente de uma criança.

Eu aprendi
que eu sempre posso fazer uma prece por alguém
quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma.

Eu aprendi
que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto.

Eu aprendi
que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar
e um coração para nos entender.

Eu aprendi
que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão
nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas
para mim quando me tornei adulto.

Eu aprendi
que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos.

Eu aprendi
que dinheiro não compra "classe".

Eu aprendi
que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.

Eu aprendi
que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa
que deseja ser apreciada, compreendida e amada.

Eu aprendi
que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa?

Eu aprendi
que ignorar os fatos não os altera.

Eu aprendi
que quando você planeja se nivelar com alguém,
apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você.

Eu aprendi
que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas.

Eu aprendi
que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa
é me cercar de gente mais inteligente do que eu.

Eu aprendi
que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso.

Eu aprendi
que ninguem é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa.

Eu aprendi
que a vida é dura, mas eu sou ainda mais.

Eu aprendi
que as oportunidades nunca são perdidas;
alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi
que quando o ancoradouro se torna amargo
a felicidade vai aportar em outro lugar.

Eu aprendi
que devemos sempre ter palavras doces e gentis,
pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las.

Eu aprendi
que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência.

Eu aprendi
que não posso escolher como me sinto,
mas posso escolher o que fazer a respeito.

Eu aprendi
que todos querem viver no topo da montanha,
mas toda felicidade e crescimento ocorrem quando você está escalando-a.

Eu aprendi
que só se deve dar conselho em duas ocasiões:
quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte.

Eu aprendi
que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.



Extraído do livro: Live and Learn and Pass It On, Volume II - de H. Jackson Brown Jr.

12.2.10

CONSTRUA PONTES

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.

- Estou procurando trabalho, disse o desconhecido. Talvez você tenha algum serviço para mim.

- Sim, disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.

- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos.

O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro.

Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido:

 - Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.

Mas as surpresas não pararam aí. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um instante, permaneceu imóvel à beira do rio.

O mais novo, então, disse:

- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte, mesmo depois do que eu lhe disse.

De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando sobre a ponte.

O carpinteiro recolheu as ferramentas e se despedia.

- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.

E o carpinteiro respondeu:

- Eu adoraria, mas tenho outras pontes para construir...

(texto publicado no jornal Terceiro Milênio, nº 94, fevereiro de 2010, Brasília-DF, sem citação de autor).







31.1.10

UM RAIO DE LUZ

O gabinete daquela escola de ensino médio se convertera, por alguns momentos, em palco para uma cena constrangedora.

Um aluno de 16 anos de idade estava ali, sentado, cabeça baixa, pensamento em desalinho, aguardando a sentença final.

Os pais, desolados, olhavam em silêncio para o filho, sem saber o que dizer diante daquele momento acerbo.

 Vários de seus professores já haviam dado seus depoimentos, todos desfavoráveis ao jovem rebelde.

 Se o garoto fosse expulso seria um peso a menos na sua árdua obrigação de ensinar...

Se se livrassem daquele estorvo sua tarefa ficaria mais leve, talvez pensassem alguns daqueles educadores.

O silêncio enchia a pequena sala, quando chegou o último professor para dar seu parecer sobre a questão: era o professor de física.

Homem maduro, lúcido, educador por excelência, sentou-se e, antes de dizer qualquer palavra, olhou detidamente nos olhos de cada uma daquelas criaturas ali sentadas, e sentiu-se extremamente comovido diante da situação.

Como poderia ajudar a resolver a questão sem prejuízo para o seu aluno? Afinal, para aquele nobre mestre, expulsar um aluno seria decretar a própria falência como educador.

Então, ele olhou carinhosamente para a mãe e perguntou: o que está havendo?

O que aconteceu para que a situação chegasse a esse ponto?

Tamanha era a vibração de ternura que emanava da voz suave do educador, que a mãe se sentiu amparada na sua desdita e decidiu falar.

Olhou com afeto para o filho, e, num tom de extremado carinho disse: meu filho!

O jovem, diante da pequena frase que ecoou em seu íntimo com mais força do que mil palavras de reprimenda, desatou a chorar...

Chorou e chorou, compulsivamente...

A comoção tomou conta do gabinete e as lágrimas rolaram quentes dos olhos daqueles pais sofridos, e também do professor e da diretora.

Após quase meia hora, as lágrimas foram cedendo lugar a um certo alívio, como se uma chuva de bênçãos tivesse lavado o travo de fel que pairava sobre a pequena assembléia...

Quebrando o silêncio, o garoto falou: mãe, posso lhe prometer uma coisa?

Vocês nunca mais virão à escola por motivos como este.

Um ano se passou, e a promessa que o jovem fez se cumpriu.

Um dia, o professor encontrou seu aluno no corredor da escola e lhe fez a pergunta que há muito desejava fazer: o que fez você mudar, aquele dia, no gabinete?

E o jovem respondeu, um tanto constrangido: é que minha mãe nunca havia me chamado de meu filho. Aquelas duas palavras, professor, pronunciadas pela minha mãe com uma sonoridade espiritual tão profunda, foram o suficiente para eu mudar o rumo da minha vida...

O rapaz se despediu e se foi, deixando o mestre absorto em seus pensamentos...

Em sua mente voltou a cena daquele dia distante, em que adentrou a pequena sala do gabinete...

Em suas conjecturas se perguntou sobre qual seria a situação daquele moço, se tivesse sido expulso da escola naquela oportunidade...

Pensou também na força da pequena frase: meu filho! E ficou a imaginar quão poderoso é o afeto de mãe.

E, como homem notável e admirável educador, concluiu, em seus lúcidos raciocínios: o dia que as mães quiserem, elas mudarão o mundo.

E foi assim que essa história teve um final feliz...

Um final feliz graças ao pequeno gesto de um professor...

Seu gesto foi como um raio de luz que penetrou aqueles corações com tamanha suavidade, que foi capaz de mudar para sempre a vida daquela família...

Pense nisso sempre que o seu parecer for solicitado diante de qualquer situação.

(Da equipe de Redação do Momento Espírita, com base em palestra proferida pelo Prof. Raul Teixeira, em Campo Largo-PR, no dia 10/12/05)

28.1.10

O TEMPO QUE FOGE

Contei meus anos e descobri que terei menos anos para viver daqui para frente do que vivi até aqui. Tenho mais passado que futuro.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicentemente, mas percebendo que faltavam poucas, começou a roer até o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Já não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sortes.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, sobre assuntos inúteis... Sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha. Já não tenho tempo para administrar melindres, orgulhos e mentiras de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. Lembro sempre de Mário de Andrade que afirmou: as pessoas não debatem conteúdos, apenas rótulos.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana. Que saiba rir de seus tropeços, que não se encante demasiadamente com seus triunfos, que não se considere eleita antes da hora e que não fuja da sua mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. Que saibam amar e respeitar os semelhantes. Porque é dessas coisas essenciais que é feita a vida.

Crônica extraída do livro Creio, mas tenho dúvidas, de Ricardo Gondim - Editora Ultimato.

A ARTE DE VIVER JUNTOS

Muitas pessoas formam um casal
pensando que vão iniciar uma grande brincadeira
cujo objetivo maior é o prazer.
A experiência mostra que eles que pensam apenas
no gozo são os que mais sofrem numa relação.

Depois de algum tempo, vêm as insatisfações,
as frustrações, as cobranças, a rotina e o tédio.
A pessoa se sente como um peixe no anzol:
tentou comer a minhoca
e acabou virando comida de pescador!

Quando duas pessoas desejam se unir,
devem criar um espaço no qual possam
desenvolver a capacidade de viver a dois,
buscar soluções criativas à medida
que os obstáculos aparecem e aprendem
a desfrutar todas as formas de viver com amor.

Após a grande libertação sexual dos anos 60 e 70,
ficou fácil para as pessoas se encontrar
e ter relacionamentos ocasionais,
em que aliviam as tensões,
conhecem gente diferente
e gozam de momentos agradáveis.
Mas, ao mesmo tempo, cada vez mais,
elas sofrem com a "ressaca sexual"
- aquela sensação de vazio, culpa e insatisfação
que acompanha tais relacionamentos.

A pessoa acorda de manhã e se pergunta:
"Meu Deus, o que estou fazendo nesta cama,
ao lado desta pessoa:" Já dizia um poeta:
"Deitei ao lado de um corpo
e acordei à beira de um abismo..."

A ressaca sexual aparece toda vez que se comete
uma agressão íntima contra si mesmo e,
sem dúvida, é um aviso
de que precisa ser mais cuidadoso.
No passado, muitas pessoas experimentavam
a "ressaca moral" por ter transgredido
uma regra aprendida na infância,
como a norma de que se deve ser fiel ao esposo
ou praticar sexo apenas depois do casamento.

Mas hoje o que nos chama a atenção
é a ressaca sexual, cada vez mais experimentada
por mulheres e homens que tiveram um grande
número de relações superficiais e passageiras.
Passada a euforia da "liberação sexual",
as pessoas estão sentindo falta
de relações profundas e sólidas!
Estar com alguém plenamente é um caminho de
crescimento, um aprendizado de viver a dois;
é a possibilidade de vencer o medo da entrega
e de se conhecer no mais íntimo.

Conviver com alguém que amamos é o mesmo
que comprar um imenso espelho da alma,
no qual cada um dos nossos movimentos
é mostrado sem a mínima piedade.
Ao mesmo tempo que conhecemos melhor o outro,
entramos em contato com nossas inseguranças
também. E aí começa o inferno...
Em vez de encarar a verdade e de ver a imagem
temida do verdadeiro eu, tenta-se quebrar o espelho.
Como é possível quebrar esse espelho?
Há muitas formas, porém as mais freqüentes são:
fugir da intimidade, culpar o outro, não assumir
as próprias responsabilidades na relação
desacreditar o amor.

Viver com alguém que se ama é uma oportunidade de
conhecer o outro, mas também a maior chance
de entrar em contato consigo mesmo.
Apenas quando conseguimos nos enxergar
por inteiro é que percebemos o medo de nós mesmos
e nos damos conta de que precisamos evoluir
para nos tornar pessoas melhores.
Começamos, então, a nos capacitar para o amor.
Um dia, perguntaram a um grande mestre
quem o havia ajudado a atingir a iluminação,
e ele respondeu: "Um cachorro".

Os discípulos, surpresos, quiseram saber
o que havia acontecido, e o mestre contou:

"Certa vez, eu estava olhando um cachorro,
que parecia sedento e se dirigia a uma poça d'água.
Quando ele foi beber, viu sua imagem refletida.
O cachorro, então, fez uma cara de assustado,
e a imagem o imitou. Ele fez cara de bravo,
e a imagem o arremedou.
Então, ele fugiu de medo e ficou observando,
distante, durante longo tempo, a água.
Quando a sede aumentou, ele voltou,
repetiu todo o ritual e fugiu novamente.
Num dado momento, a sede era tanta
que o cachorro não resistiu e correu em direção
à água, atirou-se nela e saciou sua sede.

Desde esse dia, percebi que, sempre que eu me
aproximava de alguém, via minha imagem refletida,
fazia cara de bravo e fugia assustado.
E ficava, de longe, sonhando com esse
relacionamento que eu queria para mim.
Esse cachorro me ensinou que eu precisava
entrar em contato com a minha sede
e mergulhar no amor, sem me assustar com as
imagens que eu ficava projetando nos outro".

Texto extraído do livro:
Amar Pode Dar Certo, de Roberto T. Shinyashiki.