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O que é paixão? É amor, algum tipo de sentimento, pura loucura?
Para entender melhor, veja, abaixo, o artigo publicado na Revista Viver Mente&Cérebro (dezembro/2005), baseado em pesquisa de uma neurocientista da Faculdade de Medicina Albert Einstein, de Nova York (para ler outros artigos da revista, clique no link Viver Mente&Cérebro, na coluna à direita desta página).
Pesquisa mostra que o amor romântico na fase inicial de um relacionamento não é uma emoção, mas um estado motivacional que encoraja comportamentos vitais.
A sensação experimentada quando alguém se apaixona não é uma emoção, é uma recompensa produzida por caminhos antigos do cérebro que nos motivam de modo similar quando comemos e bebemos. Lucy L. Brown, neurocientista da Faculdade de Medicina Albert Einstein, Nova York, diz que durante os estágios iniciais de um relacionamento, somos arrastados pelo sentimento. "A pessoa pela qual estamos apaixonados se torna um verdadeiro objetivo em nossas vidas."
Brown e seus colegas recrutaram 17 pessoas entre 18 e 26 anos que passaram pela experiência de uma paixão durante intervalos de um mês a 17 meses. Os pesquisadores usaram imagens de ressonância magnética funcional para ver como os cérebros respondiam à imagem do amado, em contraste com a figura de um conhecido. Observar o amado ou a amada ativou nos apaixonados o sistema neural inconsciente associado a recompensa, surgido no início da evolução dos mamíferos para encorajar comportamentos vitais. Outras atividades neurais variaram; por exemplo, alguns indivíduos que estavam apaixonados havia mais de oito meses apresentaram sinais mais fortes nas áreas corticais envolvidas na cognição e na emoção.
Brown concluiu que o amor romântico na fase inicial não é uma emoção, mas um estado motivacional. O cérebro estimula um foco intenso sobre o amado por meio de um sistema de recompensas. Graças aos vários circuitos neurais ligados a esse sistema, experimentamos outros sentimentos. "Quando se está apaixonado, pode-se ficar ansioso, feliz, triste ou bravo", diz Brown, "mas você ainda tem o sentimento principal de amar a pessoa."No futuro, Brown pretende acompanhar relacionamentos que duram anos a fim de entender o que acontece "quando as pessoas estabelecem laços e o que dá errado quando as pessoas não o fazem", explica ela.
Enquanto isso, seu grupo estuda a rejeição pessoal ao mostrar a voluntários a foto de um ex-namorado ou ex-namorada recente, percebida por Brown como "não tão recompensadora".
Fonte: Revista Viver Mente&Cérebro -
www2.uol.com.br/vivermente/conteudo/noticia/noticia_34.html
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16.12.05
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